quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Esperança, Maria Laura




ESPERANÇA

A velha Esperança um dia
Desesperada gritou:
Pronto, estou farta,
Acabou,
Desisto,
Vou-me embora!

Mas uma réstia de Sol
Espreitou por entre as nuvens
E a esperança, renovada,
Enche o peito de ar e diz:
Deixa ver...
Pode ser...
Vamos a ver...

E assim vai andando vida fora
Na esperança de alcançar
O que a esperança promete,
 Por vezes num mero vislumbre,
Que afasta a desesperança
E dá novo alento
A ilusão, à teimosia e à vida.

Maria Laura

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